quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bike levada a sério



Quem me mandou essa foto foi a Gabi Strelkow, amiga de longuíssima data que tive o prazer de reencontrar graças à internet.

Gabi é fotógrafa (entre outras coisas) e há sete anos mora na cidade de Malmö, no sul da Suécia.

Este é o bicicletário que fica a algumas quadras da casa dela, ao lado da estação de trem que interliga toda a cidade. Não tinha muito espaço nas áreas já urbanizadas, então eles construíram uma estrutura suspensa sobre o rio.

Gabi me contou que algumas pessoas deixam a bike nesse local para tomar o trem, andar apenas uma estação e chegar ao trabalho.

Os trajetos não são muito demorados e os horários obedecidos à risca.

A imagem sintetiza para mim o que significa de fato incentivar o transporte público e o uso da bicicleta em uma cidade.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Bike Anjo, uma excelente idéia

Sempre afirmei aqui que mudar de meio de transporte (do carro para a bike) não deveria ser, necessariamente, uma mudança muito radical em nossas vidas. Banhos na pia do escritório, o fato de ter de carregar mudas de roupas e etc... são fatores que afastam as pessoas das magrelas. A bike elétrica resolve alguns desses problemas, mas não pode fazer nada quanto ao maior de todos eles: a selvageria do trânsito na cidade. Eis que surge uma iniciativa MUITO LEGAL para quem ainda está criando coragem para se aventurar em duas rodas São Paulo à fora: o Bike Anjo.

Tirei do Estadão:

Felipe Oda


Andar de bicicleta pelas ruas de São Paulo pode ser uma aventura perigosa para os ciclistas novatos - principalmente para os que querem adotá-la como um meio de transporte. Mas pessoas com pouca ou nenhuma intimidade com o pedal não precisam arriscar-se no trânsito: um grupo de ciclistas experientes criou o "serviço" de "bike anjos".
Eles ensinam manutenção básica e medidas de segurança no trânsito, traçam roteiros e acompanham os menos experientes nas primeiras pedaladas. E o melhor: não cobram pela aula.
"É feito totalmente na camaradagem. Parece clichê, mas o que nos move é a vontade de fazer uma cidade melhor", afirma o "bike anjo" Carlos Aranha, de 29 anos. "O objetivo é tirar mais um carro das ruas", completa o publicitário.
Deixar o carro na garagem durante a semana e assim evitar os congestionamentos motivou Tatiana Silva Capitanio, de 24, a andar de bicicleta. "Queria vir de bike para o trabalho, mas sempre tive muito medo de pedalar no trânsito", diz a publicitária. "Foi quando conheci o Carlos (Aranha). Começar com um "bike anjo" faz toda a diferença", afirma Tatiana, que há sete meses percorre de bicicleta os 4,5 quilômetros entre sua casa, no Planalto Paulista, região central, até o trabalho, no Itaim-Bibi, zona sul. Nas primeiras saídas, a publicitária era escoltada por Aranha. "Vou na porta da pessoa, checamos os equipamentos, conversamos sobre o caminho e a segurança. Quando vamos para a rua, a pessoa não se assustará tanto", diz Aranha.
O acompanhamento de um ciclista experiente também foi fundamental para a gestora ambiental Cristiane Brosso de Azevedo Melo, de 23 anos, começar a pedalar. "Comecei a procurar dicas na internet e encontrei o JP (João Paulo Amaral, de 24)."
Após uma troca de e-mails, os ciclistas combinaram uma "aula". "Todo mundo já passou pela situação de ser o novato. Comecei como "bike anjo" porque alguns amigos me pediam para ajudá-los. Mas hoje ensino qualquer um", afirma Amaral, que há dois anos adotou a bicicleta como meio de transporte. "Quando o ciclista entende que as leis de trânsito foram pensadas também para a bicicleta, ele se sente mais confiante", diz Aranha. A falta de condicionamento físico não é barreira. "Quando a pessoa é sedentária, nós evitamos subidas na hora de traçar a rota."
Internet. Os chamados de ajuda para os "bike anjos" podem ser feitos pela internet. "Andar de bicicleta altera a relação da pessoa com a cidade", afirma Amaral, que só em 2010 calcula ter "formado" 30 ciclistas.
Os "bike anjos" podem ser encontrados pelo site bikeanjo.wordpress.com ou no Twitter @bikeanjo. Na página da internet, há uma ferramenta que oferece um cadastro aos interessados em pedalar. Basta preencher um formulário com finalidade da ajuda, nome, idade e contatos. Depois do cadastro, a ficha é enviada para uma lista de ciclistas que poderão orientá-lo.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E-Bike à água



Encontrei essa bike no site da Wired, a melhor revista de tecnologia do mundo.

Ela é movida á água! Ou quase...

Na verdade, a bike é um showcase de uma companhia americana de células de hidrogênio que inventou uma maneira mais eficiente de gerar eletricidade a partir desse tipo de dispositivo.

O sistema usa Silicato de Sódio em pó, substância que gera hidrogênio em reação com a água.

A energia elétrica obtida pelo sistema movimenta o motor por incríveis 60 milhas (96,5 quilômetros), a maior autonomia que eu já vi até hoje, embora a matéria da Wired não traga informações sobre o peso do conjunto, o que aparentemente, deve ser considerável.

A energia excedente é armazenada em baterias para momentos em que o sistema precisa de mais força, como nas subidas.

O mais incrível é que os inventores estão desenvolvendo pastilhas de Silicato de Sódio que o usuário pode carregar consigo cada vez que a substância acaba. A água fica por conta do cilcista encontrar, mas esse não deve ser um grande problema.

A e-bike à água é o sistema mais revolucionário que eu já vi desde que comecei o blog.

Obviamente, esse protótipo, montado sobre uma Pedego praieira, ainda demorará muito para ser adaptado em bikes de uso comercial. As aplicações mais imediatas são para carros de grande porte.

Mas esse é um exemplo de que a brincadeira está apenas começando. As novidades serão muitas e promissoras!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Java, a bike elétrica nacional



O Ricardo De Féo, dono da General Wings me escreveu para mostrar essa reportagem que foi feita com a Java, a e-bike nacional.

Achei muito legal e compratilho aqui no blog.

Preciso ir até a loja para testar a bichinha, já que a única vez que tive contato com ela foi na Bike ExpoBrasil e não dava para andar com ela pelos corredores.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Yikebike é bike???



O Evaldo DellOmo, leitor assíduo no Luis Nassif, me liga hoje para dizer que o jornalista econômico havia escrito um post sobre bikes elétricas.

Chego em casa e vejo que o Nassif replicava uma nota de um jornal da Paraíba dando conta que a YikeBike iria começar a ser vendida nos Estados Unidos pelo módico preço de U$ 3,6 mil.

Achei legal e não tenho dúvida que será um sucesso de mercado.

Mas... Na modesta opinião desse blogueiro que vos fala, isso não é e-bike!!!

Ela sequer tem a possibilidade do "ciclista" pedalar!!!

Como já tinha discutido neste post, que contem inclusive uma foto da YikeBike, e-bikes, para mim, são veículos capazes de manter as características de uma bike comum, apesar do advento do motor.

As e-bikes mudam a performance do ciclista, não do veículo. A experiência de dirigir uma bicicleta elétrica não se difere muito da obtida com uma bike comum.

Outros veículos elétricos, como é o caso da Yike, oferecem uma espécie de terceira via para os usuários que querem fugir do trânsito e adotar uma atitude mais consciente.

É uma tendência na indústria automotiva. Outras tentativas como o Segway, ou o Taurus já haviam sido feitas. A Yike, me parece a mais nova delas.

Nada contra, nada mesmo!!!

Tudo é válido para fugir do trânsito e poluir menos, mas tenho dúvidas quanto ao desempenho desse brinquedinho em cidades como São Paulo, com muitas ladeiras e asfalto em estado lamentável.

Dúvidas que não me afligiram em nenhum momento quando pensava em comprar uma bike elétrica de verdade justamente porque sei como é andar de bike convencional pela nossa caótica metrópole.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A e-bike mais leve do mundo



A Cytronex é uma empresa inglesa que se orgulha de ter construído o que eles garantem ser a bicicleta elétrica mais leve do mundo.

No vídeo acima a gente vê uma reportagem que foi feita para o programa Gadget Show da TV britânica Channel 5.

Montada sobre o chassi de uma Cannondale estradeira, essa e-bike pesa apenas 14 quilos.

É o mesmo peso da maioria das bikes comuns, um feito e tanto.

Mas as inovações do sistema da Cytronex não terminam aí.

O acionamento do motor não é o mesmo da maioria das e-bikes, que usam o acelerador (como uma moto) ou acionamento pela demanda da pedalada.

A Cytronex diz que o primeiro é incômodo para o ciclista (o que eu concordo) e o segundo não é preciso porque o sistema nunca sabe exatamente quando o ciclista necessita de uma força extra dada pelo motor (o que também é verdade).

Assim sendo, a empresa criou um botão do tipo "booster" acionado pelo ciclista toda vez que ele precisa de um empurrãozinho. Um outro botão regula a intensidade do "boost".

Além de tudo isso, os fios ficam escamoteados no quadro e a bateria é disfarçada em um tanque que parece uma garrafinha de água.

A Cytronex diz que é para ninguém saber que você está dirigindo uma e-bike, o que eu acho ser uma tremenda besteira.

Do jeito que foi montada, essa bike parece feita apenas para trapacear nas corridas profissionais.

Mas o ponto central aqui é realmente o peso, resultado que só foi conseguido a partir da tecnologia de materiais mais leves de uma marca especialista em fazer bikes profissionais.

Eu não me imagino dirigindo uma dessas bikes pela cidade.

Para o meu tipo de uso, que acredito ser o mesmo da maioria das pessoas que pensam em comprar uma e-bike, preciso de um modelo urbano, equipado com paralamas, protetor de corrente, bagageiro, luzes e etc...

Ainda aguardo melhorias tecnológicas capaz de fazer uma bike commuter com esse mesmo peso.

Mas uma coisa me parece certa: ela não virá das fabriquetas de fundo de quintal que imperam no ramos das e-bikes, por enquanto.

Infelizmente!

Bikes elétricas crescem na Europa em plena crise!!!

Dica da Daia Mistieri que pegou do Onde Pedalar

Bicicletas elétricas agora são o carro chefe das lojas de Amsterdã. Nos primeiro semestre de 2010, as elétricas superaram todos os outros segmentos em termos de valores. As vendas totalizaram 37,6 % do volume em dinheiro do setor.

Segundo a GfK Benelux, que fez a pesquisa encomendada pela associação de bicicletarias, as e-bikes registraram um aumento de vendas de 1,3% em unidades em relação a 2009. Todos os outros tipos de modelo tiveram redução de vendas.

Há hoje no mercado holandês 323 modelos de bikes elétricas de um total de 28 marcas diferentes. Quanto ao público, apenas 7,7 % da população tem uma bicicleta elétrica. O que faz os comerciantes rirem a toa, pois ainda há um grande mercado a explorar já que praticamente todo o holandês anda de bike.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Indo para as cabeças



Já que o Fábio, do Bikes Elétricas Brasil, resolveu fazer um post endereçado a mim com uma super e-bike alemã, retribuo a gentileza para mostrar a bike conceito da Cannondale.

A marca, super consagrada na fabricação de magrelas de estrada e montanha, se arrisca agora na construção de eletroassistidas, com este modelo apresentado na Eurobike 2010.

Pelo que eu pude apurar, ela tem quadro de carbono, é equipada com um bateria da Toshiba de 24 volts super leve(2 kgs) e deve custar por volta de 3 mil dólares no mercado americano. No vídeo, a gente vê que a bateria foi alocada abaixo do canote e alimenta luzes de led traseiras e dianteiras, além de um computador de bordo.

Quem me deu a dica foi o José Leça, um amigo de infância que começou a andar de bike quando a gente ainda era garoto e hoje se dedica, nas horas vagas, à corrida de aventura.

Só para se ter uma idéia, o cara foi um dos primeiros membros dos Night Bikers, organizado pela Renata Falzoni.

Fã de Mountain Bike, Zezinho, como é conhecido entre os mais chegados, acabou de voltar dos Estados Unidos com uma Cannondale de apenas 8 kgs na bagagem, depois de completar a maratona de Nova Iorque e pedalar (com o brinquedinho novo) pelo Everglades.

A entrada de uma das mais conceituadas marcas de bicicleta entre os fabricantes de e-bikes é mais um indício desssa tendência mundial que tento retratar aqui nesse blog.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Smart ebike



Essa belezinha aí em cima é o mais novo lançamento da Smart, a subsidiária da Mercedes Benz que há alguns anos lançou o carrinho mais simpático e econômico da Europa, dentro de um novo conceito de mobilidade urbana.

Agora, a companhia aposta nas e-bikes como uma forma cada vez mais eficiente e ecológica para as pessoas se locomoverem nas grandes cidades.

O legal é que eles fizeram o lançamento no SALÃO DO AUTOMÓVEL de Los Angeles, o templo do carro nos EUA. 

O quadro é de alumínio, o motor tem 250 watts sem escovas e é movido graças a uma bateria de lítio de 36 volts.

Eu fico bem contente porque essa é justamente a configuração da minha bike, embora ela seja chinesa e não tenha o mesmo design bacanudo da Smart. A diferença, além da beleza, está no peso: a minha pesa 25 quilos, a versão européia 21 quilos.

É para encontrar soluções como essa que eles têm engenheiros e designers ganhando muito dinheiro. Depois eles repassam isso para o consumidor por meio de um objeto de desejo cheio de chinfra, custando osóiodacara.

Um dia, eu compro uma, mas, até lá, fico com a minha chinoise que, modéstia às favas, até que é charmosinha.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Vá de galinha!!!

Eu bem que estava devendo um post que mostrasse um pouco melhor o rendimento da bike elétrica em meu dia a dia, mas me faltava um equipamento essencial para isso: o computador de bordo.

Neste fim de semana, eu finalmente comprei o brinquedinho e pude constatar com números aquilo que a minha percepção geral já demonstrava.

No caminho da minha casa até o trabalho, um trajeto de 5,3 quilômetros, eu demorei impressionantes 11 minutos. A velcidade máxima registrada foi de 42,9 km/h e a velocidade média foi de 29 km/h. Na volta, por enfrentar uma subida considerável, o tempo aumentou para 14 minutos.

De carro, nem mesmo fora do horário de pico eu conseguiria um desempenho como esse por conta das paradas nos semáforos e pelo caminho, mais longo – com a bike, deixo de dar uma voltona graças à uma simples atravessada com a bike numa faixa de pedestres.

É um desepenho e tanto, principalmente se a gente considerar que a velocidade média em São Paulo no horário de pico é de 15 km/h, apenas 1 a mais que a velocidade atingida por uma galinha.

Tal constatação fez a SOS Mata Atlântica lançar um manifesto divertido pela internet convocando as pessoas para "irem de galinha" pelo trânsito da cidade. Na verdade é um abaixo assinado em que os paulistanos podem manifestar sua indignação com a morosidade do tráfego por meio de uma foto engraçada com fantasia virtual de galinha na internet.

Eu já postei a minha.

Por falar em galinha, ela será também o tema de um Flash Mob do pessoal da Pegada Berrini na quinta feira às 18h30. Devo ir para lá de bike elétrica.

Tudo para pedir um pouco mais de mobilidade na nossa cidade.